Our Faith II - O8

 
Se você for me deixar, querido deixe alguma morfina na minha porta. Porque vai ser preciso muita medicação pra perceber que o que nós tínhamos nós não temos mais. Não há religião que possa me salvar, não importa quanto tempo meus joelhos estejam no chão. Então mantenha na mente todos os sacrifícios que estou fazendo pra te manter ao meu lado e evitar que você saia pela porta. Porque não haverá luz do sol se eu te perder, querido. Não haverá céu claro se eu te perder, querido. Assim como as nuvens meus olhos farão o mesmo se você se afastar, todos os dias irá chover. - It Will Rain
SeuNome's P.O.V
Acordei num lugar branco, a cor e pacificidade entravam em perfeita harmonia sobre meu corpo sóbrio. Eu estava no céu? Ou no paraíso? Pelo sabor a coisas calmas que a minha visão turva poderia desfrutar. Eu estava com os anjos? Não sabia. Nesse momento meu corpo se encontrava em perfeita harmonia. Minha túnica caia sobre meus ombros e bem no fundo havia uma luz brilhante, bom, seria mais um clarão, mas era algo que chamava a minha atenção. Caminhei por uns minutos mas quando o clarão começou a se afastar, meu corpo começou a correr rapidamente em direção ao clarão. Quando cheguei perto, meu primeiro instinto foi tocar-lhe mas de alguma forma sobre-humana meu corpo foi sugado.

Meu corpo se ergueu da cama e pode observar tudo direito agora. Eu estava num hospital. Minha cabeça pouco conseguia chegar a memória, meu peito subia e descia ao ritmo descompassado da minha respiração. Do meu lado estava minha mãe, meu pai, Ashton e Liv que com certa força, se limitaram a segurar meu corpo.

     – Acalme-se Senhorita Dallas. - uma das enfermeiras também me segurava. Consegui avistar um médico do lado da enfermeira. - Está tudo bem. - ela repetia freneticamente.


Me habituei ao ambiente e como por mágica meu corpo começou a obedecer, compassando a respiração. Meu pai acariciava meu cabelos enquanto Liv se encontrava abraçada a Ashton, os olhos dela estavam parecidos a duas bolas natalícias, grandes inchaços vermelhos, tal como Ash. Na minha cabeça apenas existiam grandes perguntas até que algo me bateu forte : Michael.

     – Onde está o Michael? - silêncio se instalou. - Michael Clifford?

Olhei em volta e não avistei meu namorado. Não avistei seus cabelos cor de chama ou seu sorriso que melhoraria meu dia, na verdade não conseguia nem imaginar o que se passava com isso. Olhei para Liv que, entretanto, havia voltado a chorar e tinha escondido a cabeça no pescoço de Ashton. Meus olhos se arregalaram a essa atitude e meu corpo, automaticamente se levantou. Meus pais tentaram me agarrar mas nada me impedia. Cheguei na sala de espera e foi confrontada pelos outros que tinham o mesmo aspeto : péssimo.

      – Não, não. Não. - eu repeti para mim mesma. - Isso não é real. 
     – SeuNome, eu acho melhor você voltar para o quarto. Você precisa ser examinada, para ver se está tudo bem. - Luke segurou meus ombros.
     – Onde está Michael, Luke? O que aconteceu? 
     – Ele está bem, SeuNome. - Calum acrescentou. - Vamos SeuNome.
     – Vocês me estão mentindo. Onde está ele? Bethany, Clarice ...
     – Ele está ... bem. Parcialmente. - Bethany disse.
     – Menina Dallas, é óbvio que você está instável. Melhor descansar um pouco. - uma enfermeira segurou meus braços. 

Eu acho que meu mundo caiu nesse momento.

Liv's P.O.V
Se tinha passado uma semana desde que o acidente aconteceu. SeuNome estava "ilesa", apenas tinha alguns cortes pelos braços e pela testa, mas isso foi a custa dos vidros que acertaram nela.
Os outros apenas tinham alguns cortes, visto que o caminhão que acertou no carro de Luke, apenas acertou do lado esquerdo onde Michael e SeuNome iam. Ao contrário de todo o mundo, para Michael, a situação estava pior.
Como ele puxou SeuNome impedindo o impacto dela, ele que sofreu o impacto e acabou ficando ... em coma. Os médicos dizem que a escolha apenas é dele, o corpo não sofreu alterações mas, de alguma maneira, o impacto fez com que ele apaga-se. Então essa era a rotina que eu e SeuNome havíamos criado, no hospital praticamente o dia inteiro. Os outros garotos vinham tentar tirar SeuNome desse lugar, mas infelizmente, nada funcionava. Ela se sentia culpada. 

A minha "gravidez" era o menor dos problemas. Me sentia em obrigação de estar com ela, de estar com SeuNome e lhe dizer que a culpa não era dela, e também sentia que devia algo a Michael, apenas não sei o que. Coloquei uma das moedas na maquina de salgadinhos e voltei ao meu lugar onde SeuNome estava. Nossa ela estava um caos. Ela escondia o tremer das mãos no casaco cinza e as calças de ganga já estavam gastas de andar e sentar. 

Ashton também vinha aqui, o que tornava a situação pior. Eu simplesmente não conseguia falar com ele sem pensar que poderia ter uma criança dele se formando no meu ventre e não lhe contar. Na verdade, eu tinha feito os exames, apenas não os havia recebido ainda. Por ser Verão, todo o mundo transa com desconhecido e depois quem tem problemas fica para último. 

Então era assim estávamos todos fodidos.

SeuNome's P.O.V
Entrei mais uma vez no quarto de Michael. Estava tudo tão calmo. Ele parecia estar dormindo, contudo ele não estava. Ele não estava aqui comigo, ele não estava. Michael estava mesmo na minha frente, seus cabelos vermelhos da mesma forma, seu corpo da mesma forma. Ele estava tão perto mas tão longe ... e a culpa era minha. Beijei a bochecha dele e me sentei na poltrona do lado. Os pais dele estavam do meu lado enquanto eu tentava não desabar de novo. De palavras doces estava eu farta, ele não ia voltar com palavras doces. Era a escolha dele, era o que os médicos diziam. Ou ele volta, ou ele ... ou ele morre. Está tudo nas mãos dele e está dessa forma porque ele me segurou. A culpa é minha.

Karen passava as mãos sobre meus ombros e de repente beijava minha testa enquanto Daryl estava sentando no peitoril da janela sem pronunciar nenhuma palavra. Eu levei as mãos aos meus olhos tentando secar todas as lagrimas que tentavam cair forçadamente de meus olhos. Eu queria que ele volta-se, eu queria que ele estivesse me abraçando ... tudo isso desmoronado por minha culpa.

     – Se ele não acordar ... Eu não passei tempo com meu filho. - Daryl murmurou captando minha atenção.
     – Ele gostava de vocês. Só dizia que eram ausentes. - tentei animar Sr.Clifford, mas quem eu tentava enganar ... Nem eu mesma me conseguia animar.
     – Ele vai voltar. - Karen disse beijando minha testa. - Nós vamos pegar alguma coisa para comer. Você vem querida?
     – Não ... eu fico aqui.
     – Nós trazemos algo para você.

Esperei os pais dele saírem e me aproximei da cama. Puxei o cabelo dele para o lado e depositei um beijo em sua testa pálida. Meus pais sempre disseram que pessoas em coma conseguiam ouvir as que lhes eram mais queridas, mas da minha boca só saiam palavras sem nexo e soluços incontroláveis. Tantas vezes tentei me convencer que não precisava dele quando eu precisava. Eu preciso dele. Eu realmente preciso dele, que ele me chateie, que me faça rir com suas piadas bobas e que me proteja. Eu precisava disso tudo.
Estaria mentindo se disse-se que não mudei desde que o conheci, porque eu mudei. Sei lá, perdi muitos medos, muitas inseguranças, mas apenas o fiz porque ele estava do meu lado. Eu confiava com tudo o que tinha nele. Realmente confiava.

Novamente um choro se formou em meu peito, mas eu o segurei, e chorei, chorei por dentro. Não era para ser assim, não ela para terminar dessa forma. Depois de tudo não era para terminar desse jeito. Eu preciso dele mas que tudo nesse momento.

     – Você vai voltar, não vai? - perguntei, não recebendo resposta. - Eu preciso de você. Eu não estou indo para Oxford nem para lugar nenhum até que você acorde, eu não estava indo mesmo. Eu não me quero separar nem de você nem dos garotos, vocês são a minha família. - passei a mão sobre minha cara. - Você tinha dito que tinha entrado no colégio para conhecer gente normal, para ficar fora de perigo ... eu eu acabei por fazer isso com você. Eu quero ouvir sua voz, saber que você está bem. Eu estou tão perdida. Eu te amo mais do que eu amava antes. Nada mudou, ninguém pode tomar seu lugar mas fica mais difícil a cada dia. - duas lágrimas escorreram por minha cara. - Michael, se você está me ouvindo, você pode ir, mas por favor ... por favor, diga alguma coisa antes disso. Eu não sei quanto tempo vou aguentar mais, eu vou acabar por desistir e por quebrar. Eu preciso de você. Por favor.


Me voltei a sentar na poltrona enquanto ouvia uma das músicas que haviam colocado. Comecei a tentar entender do que se tratava e entendi que era uma do Bruno Mars. Me deixei ficar ali encontrando-me bastante, mas bastante, entendida com ela.

     – Se você me deixar, deixe morfina em minha porta. 


Então visto que eu fiquei séculos sem postar eu decidi compensar vocês e postar mais um capítulo em que a gente acabou de descobrir que o acidente, que aconteceu no capítulo anterior, afinal deixou feridas mas não foi na personagem feminina, porque isso acontece sempre por isso foi Michael que está em coma. Espero que estejam gostado.

6 comentários:

  1. Ai mds, chorei aqui :'( ah não Mike...
    Espero que dê certo, e que ele acorde logo :c
    Continua <3

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  2. Michael vai ficar bem ele é forte... E (seu nome) coitada tá sofrendo mas tudo vai acabar bem!
    Bea eu quero falar com você faz tempo, não consigo? Ver se me encontra no facebook o nome e Angelica Stromberg

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  3. Vc é má,me fez chorar... estou chatiada, n quero q o Michael morra, n consigo imaginar aquele lindo gostoso praticamente sem vida, é tao tristee... to com mta pena da SeuNome pq eu sei bem como ela se sente, vc ver uma pessoa q ama tanto e n imagina sua vida sem ela,em um hospital,sem vida, sem reaçoes,doi muito...
    AHHH Q SDDS Q EU FIQUEI DE VC E DA SUA FIC CASSETE,200 ANOS PASSARAM E EU N SEI COMO SOBREVIVI
    Mas oq importa é q vc voltou, e isso me deixa mais feliz haha... ok garota, vc vai continuar isso ae logo,e o Michael vai voltar, a Liv vai contar pro Ash q ela ta gravida e como ele é incrivel ele vai apoia-la e eles vao viver felizes para sempre hehehe e eu como sou chata vou falar, poem o Luke dando aquele apoio de melhor amigo irmao para SeuNome... continua logooo amoree,

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    1. (I love you for a thousand years playing on the background)
      Também senti saudades de todos vocês comentando e de você falando do Luke c; Eu queria mesmo voltar tinha era os exames e provas todas em cima de mim e estava com B+ a Matemática me estragando o meu boletim e minha mãe quase pirou (acho que ela estava pra me matar) mas felizmente estou de volta.

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