Our Faith II - O9


Me de amor como ela porque, ultimamente, eu tenho acordado sozinho. A dor espalhou lágrimas na minha camisa, eu disse a você que os deixaria ir e vou lutar pelo meu canto talvez hoje à noite eu vá chamar você depois que o meu sangue se transformar em álcool. Não, eu só quero segurar você dê um pouco de tempo para mim, vamos queimar isso. Vamos brincar de esconde-esconde, para virar esse jogo tudo que eu quero é o gosto que seus lábios permitir, minha nossa, minha nossa, oh, dê-me amor. - Give me Love
SeuNome P.O.V
Eu tinha dito a Liv que fosse para casa, afinal ela poderia ou não estar carregando uma criança e se estivesse, esse ambiente de hospital e salgadinhos não era o melhor para ela. Ela quase que ficou duas semanas a base de Doritos e refrigerantes, ainda tinha um ataque cardíaco e para ter pessoas que eu amo incondicionalmente em hospitais já me bastava Michael que cada vez parecia perder a confiança dos médicos que já falavam em desligar as máquinas ao fim de um mês. Obviamente que Karen se revoltou contra isso, e devo dizer que eu também. Ninguém desliga as máquinas sem motivo óbvio.

Me sentei na cadeira do hospital e cobri as mãos com as mangas largas do sweater de Michael. Eu tinha tirado o sweater dele da mala, eu precisava sentir o cheiro dele, pelo menos precisava sentir que ele ainda estava aqui comigo. Voltei a umedecer os olhos quando me lembrei das possibilidades de ele voltar. "40% em 100%" dizia a voz da enfermeira batendo constantemente contra mim. Ele estava bem, ele não tinha sofrido nenhuma lesão, o corpo dele apenas não voltava, e isso doía mais que um
punhal no meu coração.
Ele não merecia isso, ele que se tinha sacrificado, ele que me puxou, ele que está em coma. Isso pode soar egoísta, mas eu preferia mil vezes estar em coma do que ele. Ele está naquele estado porque eu, feita idiota, foi idiota. Argh, porque é que eu só causo problemas? Ele quase que entrava em panico quando Vitória voltou e agora ... e agora ele está em coma.

Logo as lágrimas regressaram ao exterior quando me lembrei do acidente. Cada detalhe havia voltado a minha memória para me torturar  lentamente, cada momento, cada dor e cada palavra. Eu apenas tinha em memória o momento em que foi violentamente puxada para o peito de Michael e ele gritando meu nome, depois foi escuro. Totalmente escuro.

     – Hey. - senti uns braços me envolverem seguida de uma voz masculina. - Há quantos dias você não sai daqui? - levantei a cabeça ver Luke com um sorriso sincero.
     – Hey Lukey Pookie. - sorri e arrumei minha cara tentando não parecer o caco de vidro que eu estava sendo.
     – Então, Dr.Fluke, está em missão de levar a pequena SeuNome Dallas a comer, visto que ela não deixa o hospital.
     – Luke, não vai funcionar. Eu acho que sou já parte disso aqui. Todo o mundo já sabe meu nome. - deveria ser uma situação de rir, mas na verdade não era.
     – Eu não estou sugerindo, estou obrigando e puxo seus cabelos até lá. Olha para você parece um saco de ossos.
     – Luke ... - tento rir mas parece riso com choro misturado.
     – Vamos ao Macca's, você adorava ir lá comigo lembra? Você acabava pedindo algo maior que você e os caras tínhamos que comer seus restos. - sua voz soava terna. Ele puxou um fio de cabelo o prendendo atrás de minha orelha. - Por favor SeuNome. Ao mesmo tempo que conheço você conheço Michael. Ele sempre foi um cara durão. Olha ele se atirou do telhado porque achava que voava e ficou bem.
     – Mas não ficou em coma. - rolei os olhos rindo de como inteligente o meu namorado era.
     – Mas ficou todo partidinho. - ele riu puxando minhas mãos me obrigando a levantar. - Você vai ficar bem, tal como ele, mas têm que se alimentar.

Assenti com a cabeça. Talvez sair daqui me fizesse esquecer isso por uns segundos e tomar uma boa dose de ar que não fosse fabricado. Segui Luke até a saída sendo cumprimentada por algumas funcionárias que já me conheciam de vista e até tinham falado comigo. Uma delas era estagiária e provavelmente a única que acreditava que Michael acordaria, mas uma é melhor que nenhuma.

Entrei na mini van do Luke sendo logo assombrada pelas memórias, contudo Luke apenas disse umas palavras doces e colocou uma sinfonia qualquer para tocar no leitor. Como se um monte de pianos e violinos fosse me ajudar a esquecer que ele estava longe de mim. Macca's era o Mc Donalds como todo o mundo lhe chamava, os australianos apenas tinham essa mania de mudar o nome e Luke, como australiano criado e nascido cá, estava mais que habituado ao Macca's ... e a vegetimite, mas isso Ashton também.

Eu estava uma lástima e todo o mundo podia notar isso, já que todo o mundo virou os olhares para mim. Talvez fosse pelos pais do Michael serem conhecidos e eu ser a namorada do "primogênito da família Clifford", nisso eu me identificava com ele : nossos pais trabalhavam ambos nas mesmas áreas. Me sentei na mesa enquanto Luke foi fazer o pedido. Desde os 6 anos que o meu pedido era o mesmo logo não havia necessidade de me levantar.

Sem falar que eu me sentia péssima, com aquele sitio flashbacks começaram a intrigar a minha mente. Flashbacks com Michael, tudo me acertando como se fosse um grande problema. Eu estava perdendo minha respiração.

Flashback On

      – SeuNome! - Michael saiu do quarto batendo contra meu corpo e meus lábios, me beijando. - Senti sua falta.
     – Michael, eu estava lá em baixo. - ri da cara de cachorro abandonado dele.

Ele me puxou em seu colo me fazendo agarrar as pernas ao torno de sua cintura até ao quarto onde ele me deitou gentilmente na cama e de seguida fez o mesmo a si mesmo, me puxando para seu peito. Ficamos assim durante algum tempo, ele distribuindo selinhos por toda a minha cara me fazendo rir e me querer abraçar ainda mais aquele bad boy que não era afinal tão bad boy. Sempre achei que julgar um livro pela capa não era certo. Nunca me irei arrepender do meu ato de bravura ao convidar um estranho para comer pizza.
NUNCA.

     – Você sabe que é linda? - ele disse beijando ao espaço entre minha orelha e minha cabeça.
     – Se você o diz ... - me viro para poder apanhar os lábios dele. - Eu acredito em você.
     – Eu te amo. - ele beijou minha bochecha. - Eu te amo. - ele voltou a repeti-lo. - Promete que nunca me vai deixar mesmo se eu ficar careca.
     – Prometo.
     – Quero aproveitar cada segundo como se fosse o último.

Flashback Off

E quem diria que seria o último mesmo. Eu sentia falta dele, sentia mesmo. Como era possivel que eu estivesse tão dependente dele? Eu odiava o facto de estar tão colada a um rapaz dessa forma. Argh eu amo tanto aquele idiota ... só quero que ele volte.

     – Aqui está para você. - Luke acenou um Happy Meal na minha frente.
     – HEY! - zoei dele, o idiota havia trazido menu de criança.
     – Não sei se você vai comer tudo direitinho. Abre a boca.
     – Idiota. - atirei um saquinho de ketchup contra ele sujando o cabelo loiro.
     – Eu sempre quis pintar o cabelo. Acha que a Bethany acha sexy rapazes desse modo?
     – Eu acho você louco é o que é.

Abri a pequena embalagem e tirei o conteudo, até tinha brinquedinho. Obvio que Luke estava me tentando animar, e até colocou brinquedinho. Isso me fez lembrar o filho de Liv, me fez perguntar a mim mesma se ele existiria ou não e me fez perguntar a mim mesma o que iria dizer Ashton quando descobri-se. Bom, eu ainda não sabia se o dito cujo existia, mas a verdade tinha que ser dita : sinais a mais, ela só podia estar grávida.

Passado uns segundos vejo que Luke está mexendo no celular e um sorriso forma-se em seus lábios ao ler. Me pergunto o que ele estará conversando com Bethany, sim porque apenas aquela loirinha de saias consegue por uma girafa a sorrir.

     – Vamos! - ele puxou meu braço.
     – Mas eu ainda nem brinquei com o brinquedinho.
     – Foda-se SeuNome, é importante.
     – Okay estou indo.

Porque é que a girafa ficou mal humorada do nada?

Michael P.O.V
A luz.
A luz era clara, intensa ... incomodativa. Contudo algo me deixava bastante, bastante atraído com aquilo. Fiquei horas, observando aquela luz. Afinal era só eu, eu, a luz, e o ambiente negro. Me perguntava porque é que eu me encontrava naquele lugar. Me perguntava onde estavam os caras e SeuNome. Quando falava, apenas recebia eco. Eu estava preso. Eu tentava me debater contra tudo, mas meu corpo não obedecia aos meus comandos.
Senti meus olhos ardidos por conta da luz branca que os penetrava, tentei voltar a me afastar daquilo, mas continuavam ardidos e minha vista ainda estava embaçada.
Minhas mãos repousavam ao lado de meu corpo, presas fortemente e meu nariz tinha um negocio estranho. Tentei levantar-me mas algo não deixou. Apenas sei que conseguia ver algo mais claro que a escuridão

Uma garota ao meu lado, sorrindo como um anjo — eu não sei bem se eles existem, mas se existem, com certeza, ela é um deles — e em seguida só lembro de uma forte luz branca me atingir. Ela tinha os cabelos castanhos curtos caindo sobre seus ombros e tinha marcas de choro. Os anjos choram? Não conseguia bem reconhecer quem era até ouvir a voz.

     – Volte, porfavor.

Eba o Michael acordou ... não pera ... não espera de novo. Algum de vocês já leu ou viu If I Stay? Bom agora tentem entender porque é que eu perguntei isso, porque, meus amores, isso vai virar confusão mas só vou explicar no próximo capítulo. Espero que tenham gostado amo vocês.


2 comentários:

  1. Inspiração em "Se eu ficar?" ok, agr eu morri, literalmente *----* é meu livro favorito! Eu acho que a Liv tá grávida msm :c
    Continua ;)x

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    1. Sério? Então acho que você vai gostar c: Eu amei o livro e amei o livro. Sobre Liv, vocês conseguem saber a resposta bem rápida, eles próprios falaram sobre a relação num dos capítulos, agora se é verdade ou não é que não sabemos mesmo né? Continuo sim princesa.

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