Our Faith II - 11

De tudo. Talvez eu estivesse planeando a vida. Estava tudo desenhado, tudo traçado, deixei tudo seguir o que eu tinha escolhido. Talvez me senti-se sozinho, injustiçado, traido, tantas coisas. Porque é que eu estaria deixando a minha casa? SeuNome era minha casa, ela me protegeu, ela me amou. Ela me estava dando tudo de mim. - Michael
Michael P.O.V's
Descobri que não tenho poderes sobrenaturais.
Para que serve estar aqui observando todas as pessoas pelas quais eu me preocupo chorando se nem consigo atravessar paredes? Oficialmente odeio estar aqui.
SeuNome passa os dias sentada naquela poltrona e dificilmente fecha os olhos ou sai para comer, notei isso mal "acordei" ela parecia mais magra do que o habitual. Ás vezes os caras vêm nos visitar, mas quem passa mais tempo aqui é o Luke. Felizmente. Porque, infelizmente, Luke parece ser o único capaz de tomar conta da minha namorada débil e de a obrigar a se alimentar. Me apoiei nos braços da cadeira e com uma mão acariciei seu cabelo. Ela não sente, é a pior parte.

Tudo bem. Tudo bem que eu posso ter ciumes do Luke pelas garotas caírem todas aos pés dele e ter medo que SeuNome me deixe durante esse período para ir com ele, mas afinal que escolhi eu tinha? Meus pais também me vêm visitar muito, na verdade, já os vi umas quinhentas vezes, o dobro das vezes que os vi em 18 anos, em apenas uma semana. Me sentei na beira da cama ficando a encarar SeuNome. Porque é que ela não me via? Porque é que eu não estava sendo normal? Eu queria estar ali. Novamente sou a razão porque alguma garota sofre. Eu já devia de estar habituado a não saber amar ninguém, mas por algum motivo me senti diferente com SeuNome; ela ria das minhas piadas, ela me beijava, ela provocava e vice versa, por momentos o sentimento mutuo tornava-se um só, como se dois corações se unissem em um.

     – Eu te amo. - beijei a testa dela, mesmo sabendo que ela não o sentia.

SeuNome P.O.V's
Os dias se tornaram frios e ele não está aqui, o futuro que nós seguramos é tão injusto, mas eu não estou viva se ele não estiver e eu acho que os deuses estão contra isso. Esquecendo todas as memórias, eu não consigo, eles podem estar certos mas eu não quero ouvir. Existem mil e uma razões pelas qual eu já devia ter desistido disso, mas o coração quer o que ele quer. Doi. Doi para caramba. Onde estão as fadas madrinhas que os contos de fada falam sobre? Eu acho que então isso é um conto de fadas moderno, sem final feliz. Simplesmente não consigo imaginar uma vida sem esses momentos de tirar o folego que só ele me conseguia transmitir. Cada segundo é tortura, o inferno não aguentaria, muito menos eu que quebro a cada segundo.

Peguei umas das rosquinhas de chocolate que Luke tinha trazido para mim e comecei a tirar a capinha do chocolate, como habitualmente eu fazia. Eu era meio estranha comendo rosquinhas, primeiro tirava a cobertura, comi-a e depois comia a rosquinha. Do outro lado está um copo da Starbucks com café e baunilha. Uma grande quantidade de café me mantiaria acordada. Me aconcheguei no sofá e peguei num dos livros que Bethany havia me oferecido. Um deles era The Best of Me do Nicholas Sparks e era o que me mantinha entretida. Eu já o teria lido umas quinhentas vezes e outras eu lia alto para Michael ouvir. Sei lá, eu comunicava com ele. Talvez bem no fundo ele estivesse ouvindo, talvez ele estivesse procurando as forças para voltar eu apenas não sei. Eu apenas sei que nada sei. Pois é.

Virei a cabeça quando a porta se abriu e um da equipe de médicos me chamou. Engoli em seco e me levantei, seguindo até eles. Meus passos eram lentos, dolorosos se pudesse acrescentar. Ergui a cara para encarar o homem de 50 e poucos anos que olhava para mim com um olhar pavoroso. Novamente fiquei com o coração nas mãos enquanto olhava para ele. Ele consultou a pequena prancheta e voltou a dirigir o olhar para mim.

     – Qual é a relação que a senhorita têm com o Sr.Clifford? - ele balançou as sobrancelhas voltando a paleta.
     – Sou a namorada. - disse tremendo. O olhar dele era pavoroso, quase intimidante.
     – Eu vou ser sincero consigo senhorita. As hipóteses de ele acordar são mínimas. A escolha é dele, e ele não reage senhorita.
     – Vocês não podem desligar as máquinas, ele é saudável, eu ... - não sei se me lavaria em lágrimas ou se berrava,

smile animated GIF

     – Senhorita, nós lhe damos um mês.

Eu engoli em fundo olhando para a parede. Não podia. Não podia, apenas não podia. Ele não podia ir. Michael nunca poderia ter filhos, não poderia levar o filho a escola ou ensina-lo a tocar guitarra, não poderia entrar na faculdade, nem poderia casar.
Entrei no quarto violentamente colocando as mãos sobre as grades da cama levantando minha cabeça para o poder encarar.

Flashback On
        –  Eu sinto muito querida, eu não te queria machucar. - ele puxa meu rosto para o encarar. - Eu só odeio que se metam na minha vida e eu sou impulsivo, não sei o que digo. Nunca pensei em te machucar.
        –  Só quero saber o que se tem passado esses dias, você está estranho.
        –  São só problemas, você sabe a formatura, universidades e todos querendo ir para a California. Não estava muito preparado para isso.
        –  Eu vou fingir que acredito. - me coloco em bicos de pés para o beijar e logo sinto ele me pegando no colo. - Quando você quiser contar, me conta.
        –  Talvez não hoje, nem amanhã. Daqui há alguns quarenta anos, depois de termos filhos.
        –  Quem disse que iamos ter filhos?
        –  Eu disse. Eu preciso de ter um garoto para ensinar a jogar futebol e a tocar guitarra e também uma menininha para proteger dos idiotas e vê-la nas festas de ballet.
        –  Você é tão normal ai dentro dessa pele de bad boy, não é?
        –  Se você não for contar a ninguém eu admito. - ele brinca com meus cachos caindo de meu coque.

        –  Eu prometo. - levanto meu dedo mindinho e ele ri.
Flashback Off

Do nada volto a chorar sujando os lençois azuis do hospital que o cobriam. Isso era muito para eu aguentar, era demasiado. Eu sentia que estava tudo caindo, não tinha mais lógica está aqui, não tinha nenhuma. Me deixei escorregar até ao chão encostando a cabeça a cama. Eu estava desistindo? Ou eu estava cedendo a dor que estava entrando em mim como mil facas? Talvez fossem os dois colaborando para me matarem. Não morri no acidente, mas morrerei viva.

        –  Eu estou desistindo. - murmurei escondendo os braços.

Michael P.O.V's
Corro para a cama. Não sei o que se fazer. Eu estou assistindo e não consigo fazer nada. Eu preciso. de voltar, eu preciso dela mas que tudo. Me aproximo da cama ficando a encarar meu corpo inativo. Alguns flashes atingem minha mente, desde que sou um garotinho até agora, dos cabelos castanhos de SeuNome até ao primeiro beijo. De tudo. Talvez eu estivesse planeando a vida. Estava tudo desenhado, tudo traçado, deixei tudo seguir o que eu tinha escolhido. Talvez me senti-se sozinho, injustiçado, traido, tantas coisas. Porque é que eu estaria deixando a minha casa? SeuNome era minha casa, ela me protegeu, ela me amou. Ela me estava dando tudo de mim.

        –  Você. - olhei para meu corpo. - Tem que voltar. Por ela, pode até voltar amnésico ou com problemas mentais mas tem que voltar. Ela depende disso, ela ... ela precisa de mim.

Olhei para SeuNome do outro lado e ela me relembrou alguns momentos. Talvez nós dependessemos um do outro. Minha mãe dizia que apenas o amor verdadeiro machucava. Com Vitória sempre foi fácil mas com ela; todos os passos, palavras, movimentos e ações, tudo contava, tudo contava para a fazer feliz

Flashback On
        –   Mikey! - ela diz toda sorridente depois de voltar a realidade. - Eu não me sinto muito bem.
        –  Deu para ver, SeuApelido.
        –  Eu acho que estou bêbada. - ela ri alto. - Eu nunca bebi.
        –  Você precisa de ir para casa, Dallas.
        –  NÃO! Deixa eu ficar, deixa por favor Mikey. - ela se agarrou a mim choramingando.
        –  Nem pensar SeuNome, você ainda acaba transando com um idiota nesse estado.
        –  Porque? Você fica com ciúme? - ela riu. Ela estava bêbada, mas era tão adorável vê-la rir a todo o momento.
        –  Se isso te fizer ir embora, sim.
        –  Aw Mikey, eu não vou embora. Eu quero ficar, por favor.

        –  Não. - agarrei o braço dela e comecei a conduzi-la pelos corredores.
Flashback Off

Não é incrível? Não é incrível como a vida pode mudar num piscar de olhos? A vida está cheia de problemas, é uma bagunça, mas no final é bela de se ver. Me aproximo dela e agarro a mão dela, se não vou voltar, pelo menos quero sentir a pele dela novamente. Um clarão branco e cegante se aproxima. Estou morto?

Adivinhem quem foi no shopping e comprou os EP's dos 5SOS? Bea! Meu pai quase me matou por causa disso, mas bom isso também não conta porque era meu dinheirinho que eu poupei. Bea poupadora. Enfim, estamos chegando ao fim da ausência do Michael e entrando na segunda parte da fic. Como se sentem? Okay. Amo vocês, Bea.

Our Faith II - 1O


Nós fomos feitos um para o outro para ficarmos juntos para sempre. Eu sei que fomos sim, sim. Eu só quero que você saiba que tudo o que eu faço me entrego de corpo e alma. Mal posso respirar eu preciso saber que você está aqui comigo. Quando você vai embora os pedaços do meu coração sentem a sua falta quando você vai embora orosto que eu conheci também me faz falta. Quando você vai embora as palavras que eu preciso ouvir para conseguir passar o dia e fazer tudo ficar bem. Eu sinto a sua falta. - When You're Gone
Michael P.O.V's
Anjos choram?
Com certeza que choravam, pois meu anjo chorava demasiado. Porque é que meu anjo chorava. Não me mexi, apenas observei-a limpar as lágrimas com as pontas dos dedos enquanto o vento de, provavelmente uma janela, batia sobre seus cabelos. SeuNome, minha namorada. Porque é que ela chorava? Ela não estava contente por me ver? Ergui minha mão até ao rosto pálido da garota, o acariciando, mas nada. Como assim?

Tentei me levantar, e como por mágica a dor tinha sumido. Caminhei até a garota sentada do lado da cama que chorava lágrimas gordas e dolorosas, a abraçando pela cintura. Mas mais uma vez ela não me ouviu. Só podia estar brincando comigo. Vejo que seu olhar se dirige na cama, provavelmente será um dos garotos por causa do acidente. Me aproximo mais e agora sei que não é nenhum dos garotos deitado ali. Sou eu. Pálido, magro e inativo. Meus olhos estão fechados e o lençol do lado está encharcado em lágrimas, provavelmente, dela.

Estou morto?
É parece uma pergunta bastante razoável para um cara que têm o seu corpo na frente.
Estou morto?

Olhei para SeuNome, que agarrava "minha" mão sussurrando algumas coisas que eu não conseguia ouvir. Porque é que ela não me conseguia ver? Estou morto? Virei fantasma?
Me sentei no chão para poder ler a prancheta que estava pendurada no fim da minha cama. Segundo isso eu estou mal mesmo. Em coma há praticamente um mês, problema : impacto com o carro. Tem no mínimo uns mil e trezentos tubos ligados a mim que eu não consigo contar todos: um na minha garganta respirando por mim; um no meu nariz,também me ajudando a respirar; um na minha veia, me hidratando visto que se eu estivesse em coma teria umas certas ... dificuldades... e outros quantos que não consigo entender para que realmente serviriam. O ventilador que está me fazendo respirar tem um ritmo suave como um metrônomo.
Sou retirado dos meus pensamentos com SeuNome chorando alto novamente e posso notar que o Luke está do lado.

     – Eu estou aqui amor, me veja. - acho que também cheguei perto das lágrimas.

SeuNome P.O.V's
Os médicos dizem que não há muito que fazer, apenas esperar. Mas de esperar já estava eu farta. De ouvir que ele estava em situação critica, já estava eu farta. Luke tinha ficado comigo num hotel perto do hospital, embora eu pouco abandona-se esse lugar. Luke era como meu "papai" ele me ia pegar comida, me obrigava a comer, ficava ali me aturando ... O que ainda me fez sentir pior, eu estava pior que o próprio Michael. Eu estava morta, morta por dentro. Na verdade, começava a dar razão ao Luke, eu estava um saco de ossos. Um saco de ossos e depressão. Agora realmente sei como se sentia Hazel em relação a morte do Gus. Contudo, ela esperava que Gus fosse embora, eu não sabia que Michael iria sumir assim tão rápido da minha vida, e mesmo que ele me tivesse avisado ou algum milagre vindo por deus tivesse me avisado, não sei se me prepararia.

Meus pais me vêm visitar um dia por semana, Liv também, mas Liv vêm sobretudo para ver se lhe entregam os exames de gravidez que parecem nunca mais chegar. Minha vida é um tiro no escuro, e é Michael que têm arma na mão. Me custava tanto chegar perto do Michael e ve-lo coberto de tubos e o ventilador tinha se tornado a coisa mais triste que eu havia ouvido. Luke me tirou do Macca's para receber a noticia que o batimento cardíaco de Michael tinha aumentado, o que aumentava as hipóteses de ele acordar.

Dei a milésima volta no hospital, angustiada e tentando que a minha aura negativa desaparece-se. Não bastava internar Michael no hospital mais caro de toda a Austrália, mas ainda foi afastada pela enfermeira por ela achar que meu "mau estado" poderia fazer mal ao paciente Clifford. Sim, porque ele, de olhos fechados, consegue me ver. Claro que sim. Enfermeira estúpida. Ela que não espere que eu saia daqui sem escrever algo no livro de reclamações - um ensaio inteiro de 10 páginas sobre o quanto vil ela foi comigo - . 

Me sentei no banco e recebi uma risada de Luke. Olhei para ele com o olhar mortifero, que havia utilizado umas quinhentas vezes com ele só hoje, e logo ele se encolheu tentando esconder o riso. Infelizmente, tentativa falhada. Luke parecia o Finn de Hora de Aventuras, quando faz aquele sorriso de quem vai fazer asneira. Dei uma tapa em seu braço voltando ao meu clima.

     – Para ! Não tem graça! - esbugalhei os olhos.
     – Tudo bem. - ele mordeu o lábio escondendo os risinhos.
     – Porque é que você está rindo?
     – Porque você tem 18 anos e ainda se comporta como uma criança de cinco. - ele deixou outro riso escapar - Lembrou quando você se chateou com o Ash e a Annie e veio sentar perto do Calum. Se sentou da mesma forma. 
     – É ... eu era ... compulsiva. - deixei um sorriso se formar no canto dos meus lábios, recebendo um em troca de Luke.
     – Você está sorrindo. - ele disse como se aquilo fosse algo sobrenatural.
     – Novidade?
     – É o primeiro sorriso que você dá aqui. Progressos Dallas. 
     – Ele vai acordar ... Ele vai.
    – Claro que vai e quando acordar vai dizer pizza,vai dar um pontapé em nossas bundas para ir pegar para ele, porque é "paciente". - ele fez aspas com os dedos.
     – Me parece com Mike. Sabe o que me apeteceu agora já que falou de pizza?
     – Pizza?
     – Rosquinhas, rosquinhas da Starbucks com cappucino e uma boa doce de chantilli.
     – Seus desejos são ordens.

A vida é engraçada, não é? Justamente quando você pensa que tem tudo planejado, apenas quando você finalmente começar a planejar algo, ficar animado com alguma coisa, e se sentir como você sabe que direção você está tomando, os caminhos mudam, os sinais de mudança, o vento sopra o outro lado, ao norte de repente é sul, leste e oeste é, e você está perdido. É tão fácil de perder o seu caminho, ao perder a direção. Então para isso temos que seguir os sinais. 

Talvez eu devesse mesmo arejar. Ficar no hospital não ia ajudar a que Michael acorda-se rápido e, além disso, Luke tinha razão : se Michael estivesse aqui ele não me iria deixar passar no máximo duas semanas sem comer. Caminhamos até a Starbucks mais próxima, tudo estava tão calmo cá fora, totalmente o contrário do meu interior. Me sentei na mesa e esperei a garçonete tirar nossos pedidos. Luke ia me contando como estavam os planos dos garotos para as universidades e sobre a relação com Bethany e por uns momentos eu ouvi até que algo me retirou dos meus pensamentos. 

Vitória.
O que ela estava fazendo aqui? Porque é que ela estava aqui? Luke seguiu meu olhar e rolou os olhos assim que viu o que eu estava vendo. Isso não podia estar acontecendo. Na minha cabeça passavam mil uma razões, até que ela pegou meu olhar. Puta de merda. Luke me puxou para a beira dele e me olhou apreensivamente. O que ele esperava? Que eu parti-se ela em dois? Eu estou mais fraca que uma formiga. 

Ela se levantou e caminhou até nós. Ela fazia um andar preparado, um andar que fizesse com que seu cabelo enrolado castanho se move-se. Olhei para ela com desprezo e Luke apenas tentou forçar um sorriso. 

     – Nossa SeuNome, as pessoas ficam ausentes e você arranja logo uma nova. Sempre preparada. - como é que querem que eu seja simpática para ela? Permaneci em silêncio, xingando-a de todas as formas que sabia, mentalmente. - Eu sei o que aconteceu com o Michael, finalmente o mundo ficou livre de parasitas da sociedade.



     – Como é que você sabe disso, Vitória? - Luke perguntou, depois de me ter dado um olhar de quem me manda-se manter a calma.
     – Liguei para Karen, ela me disse. Prometi que ia visitar ele, mas sinceramente, permito que el morra sozinho. - ela cruzou os braços.
     – Como é que a Karen fala contigo? - perguntei erguendo uma sobrancelha. De tudo o que vêm daquela boca, eu desconfio a 100%. 
     – Esqueceu que eu namorei com o namorado? Karen não sabe de tudo o que ele faz, e dar uma informação a uma "velha" amiga não custa. 
     – Você é repugnante Vitória.
     – Vos vejo então, ah e SeuNome ... tome cuidado. Eu avisei você uma vez não volto a avisar novamente.

Deixa ver se eu entendi : a vadia repugnante acha que pode escolher o que eu faço ou o que deixo de fazer? Hum essa é boa, bastante boa. Minha vontade era me atirar a cima dela, mas por outro lado meu corpo tremeu : e se ela fosse mesmo visitar Michael. Não conhecia Vitória a muito tempo e nem sabia do que ela era capaz, e o medo que ela tenta-se fazer algo contra ele ... nem queria pensar nisso. Escusado dizer que arrastei Luke para fora da Starbucks. 

Mais uma razão para não sair de lá. Tinha que avisar os pais dele sobre a vádia, mas depois nem sei se eles acreditariam em mim e nem sei se Michael queria que eu conta-se sobre ele. Até porque na verdade sobre Vitória e Michael eu sabia pouco, tenho que averiguar a situação. Corri pelas calçadas com Luke pela mão, provavelmente a vizinhança toda me deve achar louca. Fantástico. Saco de ossos, morta e louca. Melhor combinação não há. Talvez Tim Burton devesse tentar fazer um filme comigo, me pareço com a noiva cadáver. 

Entrei pelo o hospital a dentro. Ninguém perguntava mais o que eu vinha aqui fazer, como eu tinha dito, todos me conheciam. Quase todos, aposto que aquela enfermeira não, mas foda-se. Abri a porta do quarto de Michael e me sentei lá. Ninguém me tirava daqui. Não mais.

É, eu acho que a vida é assim ... Voltas, eu estou a ir em círculos. 

Isso vai ser bem rápido então, isso é o que está acontecendo. Quem viu ou leu If I Stay vai entender o que se está passando e NÃO, Michael não está morto.

Our Faith II - O9


Me de amor como ela porque, ultimamente, eu tenho acordado sozinho. A dor espalhou lágrimas na minha camisa, eu disse a você que os deixaria ir e vou lutar pelo meu canto talvez hoje à noite eu vá chamar você depois que o meu sangue se transformar em álcool. Não, eu só quero segurar você dê um pouco de tempo para mim, vamos queimar isso. Vamos brincar de esconde-esconde, para virar esse jogo tudo que eu quero é o gosto que seus lábios permitir, minha nossa, minha nossa, oh, dê-me amor. - Give me Love
SeuNome P.O.V
Eu tinha dito a Liv que fosse para casa, afinal ela poderia ou não estar carregando uma criança e se estivesse, esse ambiente de hospital e salgadinhos não era o melhor para ela. Ela quase que ficou duas semanas a base de Doritos e refrigerantes, ainda tinha um ataque cardíaco e para ter pessoas que eu amo incondicionalmente em hospitais já me bastava Michael que cada vez parecia perder a confiança dos médicos que já falavam em desligar as máquinas ao fim de um mês. Obviamente que Karen se revoltou contra isso, e devo dizer que eu também. Ninguém desliga as máquinas sem motivo óbvio.

Me sentei na cadeira do hospital e cobri as mãos com as mangas largas do sweater de Michael. Eu tinha tirado o sweater dele da mala, eu precisava sentir o cheiro dele, pelo menos precisava sentir que ele ainda estava aqui comigo. Voltei a umedecer os olhos quando me lembrei das possibilidades de ele voltar. "40% em 100%" dizia a voz da enfermeira batendo constantemente contra mim. Ele estava bem, ele não tinha sofrido nenhuma lesão, o corpo dele apenas não voltava, e isso doía mais que um
punhal no meu coração.
Ele não merecia isso, ele que se tinha sacrificado, ele que me puxou, ele que está em coma. Isso pode soar egoísta, mas eu preferia mil vezes estar em coma do que ele. Ele está naquele estado porque eu, feita idiota, foi idiota. Argh, porque é que eu só causo problemas? Ele quase que entrava em panico quando Vitória voltou e agora ... e agora ele está em coma.

Logo as lágrimas regressaram ao exterior quando me lembrei do acidente. Cada detalhe havia voltado a minha memória para me torturar  lentamente, cada momento, cada dor e cada palavra. Eu apenas tinha em memória o momento em que foi violentamente puxada para o peito de Michael e ele gritando meu nome, depois foi escuro. Totalmente escuro.

     – Hey. - senti uns braços me envolverem seguida de uma voz masculina. - Há quantos dias você não sai daqui? - levantei a cabeça ver Luke com um sorriso sincero.
     – Hey Lukey Pookie. - sorri e arrumei minha cara tentando não parecer o caco de vidro que eu estava sendo.
     – Então, Dr.Fluke, está em missão de levar a pequena SeuNome Dallas a comer, visto que ela não deixa o hospital.
     – Luke, não vai funcionar. Eu acho que sou já parte disso aqui. Todo o mundo já sabe meu nome. - deveria ser uma situação de rir, mas na verdade não era.
     – Eu não estou sugerindo, estou obrigando e puxo seus cabelos até lá. Olha para você parece um saco de ossos.
     – Luke ... - tento rir mas parece riso com choro misturado.
     – Vamos ao Macca's, você adorava ir lá comigo lembra? Você acabava pedindo algo maior que você e os caras tínhamos que comer seus restos. - sua voz soava terna. Ele puxou um fio de cabelo o prendendo atrás de minha orelha. - Por favor SeuNome. Ao mesmo tempo que conheço você conheço Michael. Ele sempre foi um cara durão. Olha ele se atirou do telhado porque achava que voava e ficou bem.
     – Mas não ficou em coma. - rolei os olhos rindo de como inteligente o meu namorado era.
     – Mas ficou todo partidinho. - ele riu puxando minhas mãos me obrigando a levantar. - Você vai ficar bem, tal como ele, mas têm que se alimentar.

Assenti com a cabeça. Talvez sair daqui me fizesse esquecer isso por uns segundos e tomar uma boa dose de ar que não fosse fabricado. Segui Luke até a saída sendo cumprimentada por algumas funcionárias que já me conheciam de vista e até tinham falado comigo. Uma delas era estagiária e provavelmente a única que acreditava que Michael acordaria, mas uma é melhor que nenhuma.

Entrei na mini van do Luke sendo logo assombrada pelas memórias, contudo Luke apenas disse umas palavras doces e colocou uma sinfonia qualquer para tocar no leitor. Como se um monte de pianos e violinos fosse me ajudar a esquecer que ele estava longe de mim. Macca's era o Mc Donalds como todo o mundo lhe chamava, os australianos apenas tinham essa mania de mudar o nome e Luke, como australiano criado e nascido cá, estava mais que habituado ao Macca's ... e a vegetimite, mas isso Ashton também.

Eu estava uma lástima e todo o mundo podia notar isso, já que todo o mundo virou os olhares para mim. Talvez fosse pelos pais do Michael serem conhecidos e eu ser a namorada do "primogênito da família Clifford", nisso eu me identificava com ele : nossos pais trabalhavam ambos nas mesmas áreas. Me sentei na mesa enquanto Luke foi fazer o pedido. Desde os 6 anos que o meu pedido era o mesmo logo não havia necessidade de me levantar.

Sem falar que eu me sentia péssima, com aquele sitio flashbacks começaram a intrigar a minha mente. Flashbacks com Michael, tudo me acertando como se fosse um grande problema. Eu estava perdendo minha respiração.

Flashback On

      – SeuNome! - Michael saiu do quarto batendo contra meu corpo e meus lábios, me beijando. - Senti sua falta.
     – Michael, eu estava lá em baixo. - ri da cara de cachorro abandonado dele.

Ele me puxou em seu colo me fazendo agarrar as pernas ao torno de sua cintura até ao quarto onde ele me deitou gentilmente na cama e de seguida fez o mesmo a si mesmo, me puxando para seu peito. Ficamos assim durante algum tempo, ele distribuindo selinhos por toda a minha cara me fazendo rir e me querer abraçar ainda mais aquele bad boy que não era afinal tão bad boy. Sempre achei que julgar um livro pela capa não era certo. Nunca me irei arrepender do meu ato de bravura ao convidar um estranho para comer pizza.
NUNCA.

     – Você sabe que é linda? - ele disse beijando ao espaço entre minha orelha e minha cabeça.
     – Se você o diz ... - me viro para poder apanhar os lábios dele. - Eu acredito em você.
     – Eu te amo. - ele beijou minha bochecha. - Eu te amo. - ele voltou a repeti-lo. - Promete que nunca me vai deixar mesmo se eu ficar careca.
     – Prometo.
     – Quero aproveitar cada segundo como se fosse o último.

Flashback Off

E quem diria que seria o último mesmo. Eu sentia falta dele, sentia mesmo. Como era possivel que eu estivesse tão dependente dele? Eu odiava o facto de estar tão colada a um rapaz dessa forma. Argh eu amo tanto aquele idiota ... só quero que ele volte.

     – Aqui está para você. - Luke acenou um Happy Meal na minha frente.
     – HEY! - zoei dele, o idiota havia trazido menu de criança.
     – Não sei se você vai comer tudo direitinho. Abre a boca.
     – Idiota. - atirei um saquinho de ketchup contra ele sujando o cabelo loiro.
     – Eu sempre quis pintar o cabelo. Acha que a Bethany acha sexy rapazes desse modo?
     – Eu acho você louco é o que é.

Abri a pequena embalagem e tirei o conteudo, até tinha brinquedinho. Obvio que Luke estava me tentando animar, e até colocou brinquedinho. Isso me fez lembrar o filho de Liv, me fez perguntar a mim mesma se ele existiria ou não e me fez perguntar a mim mesma o que iria dizer Ashton quando descobri-se. Bom, eu ainda não sabia se o dito cujo existia, mas a verdade tinha que ser dita : sinais a mais, ela só podia estar grávida.

Passado uns segundos vejo que Luke está mexendo no celular e um sorriso forma-se em seus lábios ao ler. Me pergunto o que ele estará conversando com Bethany, sim porque apenas aquela loirinha de saias consegue por uma girafa a sorrir.

     – Vamos! - ele puxou meu braço.
     – Mas eu ainda nem brinquei com o brinquedinho.
     – Foda-se SeuNome, é importante.
     – Okay estou indo.

Porque é que a girafa ficou mal humorada do nada?

Michael P.O.V
A luz.
A luz era clara, intensa ... incomodativa. Contudo algo me deixava bastante, bastante atraído com aquilo. Fiquei horas, observando aquela luz. Afinal era só eu, eu, a luz, e o ambiente negro. Me perguntava porque é que eu me encontrava naquele lugar. Me perguntava onde estavam os caras e SeuNome. Quando falava, apenas recebia eco. Eu estava preso. Eu tentava me debater contra tudo, mas meu corpo não obedecia aos meus comandos.
Senti meus olhos ardidos por conta da luz branca que os penetrava, tentei voltar a me afastar daquilo, mas continuavam ardidos e minha vista ainda estava embaçada.
Minhas mãos repousavam ao lado de meu corpo, presas fortemente e meu nariz tinha um negocio estranho. Tentei levantar-me mas algo não deixou. Apenas sei que conseguia ver algo mais claro que a escuridão

Uma garota ao meu lado, sorrindo como um anjo — eu não sei bem se eles existem, mas se existem, com certeza, ela é um deles — e em seguida só lembro de uma forte luz branca me atingir. Ela tinha os cabelos castanhos curtos caindo sobre seus ombros e tinha marcas de choro. Os anjos choram? Não conseguia bem reconhecer quem era até ouvir a voz.

     – Volte, porfavor.

Eba o Michael acordou ... não pera ... não espera de novo. Algum de vocês já leu ou viu If I Stay? Bom agora tentem entender porque é que eu perguntei isso, porque, meus amores, isso vai virar confusão mas só vou explicar no próximo capítulo. Espero que tenham gostado amo vocês.


Our Faith II - O8

 
Se você for me deixar, querido deixe alguma morfina na minha porta. Porque vai ser preciso muita medicação pra perceber que o que nós tínhamos nós não temos mais. Não há religião que possa me salvar, não importa quanto tempo meus joelhos estejam no chão. Então mantenha na mente todos os sacrifícios que estou fazendo pra te manter ao meu lado e evitar que você saia pela porta. Porque não haverá luz do sol se eu te perder, querido. Não haverá céu claro se eu te perder, querido. Assim como as nuvens meus olhos farão o mesmo se você se afastar, todos os dias irá chover. - It Will Rain
SeuNome's P.O.V
Acordei num lugar branco, a cor e pacificidade entravam em perfeita harmonia sobre meu corpo sóbrio. Eu estava no céu? Ou no paraíso? Pelo sabor a coisas calmas que a minha visão turva poderia desfrutar. Eu estava com os anjos? Não sabia. Nesse momento meu corpo se encontrava em perfeita harmonia. Minha túnica caia sobre meus ombros e bem no fundo havia uma luz brilhante, bom, seria mais um clarão, mas era algo que chamava a minha atenção. Caminhei por uns minutos mas quando o clarão começou a se afastar, meu corpo começou a correr rapidamente em direção ao clarão. Quando cheguei perto, meu primeiro instinto foi tocar-lhe mas de alguma forma sobre-humana meu corpo foi sugado.

Meu corpo se ergueu da cama e pode observar tudo direito agora. Eu estava num hospital. Minha cabeça pouco conseguia chegar a memória, meu peito subia e descia ao ritmo descompassado da minha respiração. Do meu lado estava minha mãe, meu pai, Ashton e Liv que com certa força, se limitaram a segurar meu corpo.

     – Acalme-se Senhorita Dallas. - uma das enfermeiras também me segurava. Consegui avistar um médico do lado da enfermeira. - Está tudo bem. - ela repetia freneticamente.


Me habituei ao ambiente e como por mágica meu corpo começou a obedecer, compassando a respiração. Meu pai acariciava meu cabelos enquanto Liv se encontrava abraçada a Ashton, os olhos dela estavam parecidos a duas bolas natalícias, grandes inchaços vermelhos, tal como Ash. Na minha cabeça apenas existiam grandes perguntas até que algo me bateu forte : Michael.

     – Onde está o Michael? - silêncio se instalou. - Michael Clifford?

Olhei em volta e não avistei meu namorado. Não avistei seus cabelos cor de chama ou seu sorriso que melhoraria meu dia, na verdade não conseguia nem imaginar o que se passava com isso. Olhei para Liv que, entretanto, havia voltado a chorar e tinha escondido a cabeça no pescoço de Ashton. Meus olhos se arregalaram a essa atitude e meu corpo, automaticamente se levantou. Meus pais tentaram me agarrar mas nada me impedia. Cheguei na sala de espera e foi confrontada pelos outros que tinham o mesmo aspeto : péssimo.

      – Não, não. Não. - eu repeti para mim mesma. - Isso não é real. 
     – SeuNome, eu acho melhor você voltar para o quarto. Você precisa ser examinada, para ver se está tudo bem. - Luke segurou meus ombros.
     – Onde está Michael, Luke? O que aconteceu? 
     – Ele está bem, SeuNome. - Calum acrescentou. - Vamos SeuNome.
     – Vocês me estão mentindo. Onde está ele? Bethany, Clarice ...
     – Ele está ... bem. Parcialmente. - Bethany disse.
     – Menina Dallas, é óbvio que você está instável. Melhor descansar um pouco. - uma enfermeira segurou meus braços. 

Eu acho que meu mundo caiu nesse momento.

Liv's P.O.V
Se tinha passado uma semana desde que o acidente aconteceu. SeuNome estava "ilesa", apenas tinha alguns cortes pelos braços e pela testa, mas isso foi a custa dos vidros que acertaram nela.
Os outros apenas tinham alguns cortes, visto que o caminhão que acertou no carro de Luke, apenas acertou do lado esquerdo onde Michael e SeuNome iam. Ao contrário de todo o mundo, para Michael, a situação estava pior.
Como ele puxou SeuNome impedindo o impacto dela, ele que sofreu o impacto e acabou ficando ... em coma. Os médicos dizem que a escolha apenas é dele, o corpo não sofreu alterações mas, de alguma maneira, o impacto fez com que ele apaga-se. Então essa era a rotina que eu e SeuNome havíamos criado, no hospital praticamente o dia inteiro. Os outros garotos vinham tentar tirar SeuNome desse lugar, mas infelizmente, nada funcionava. Ela se sentia culpada. 

A minha "gravidez" era o menor dos problemas. Me sentia em obrigação de estar com ela, de estar com SeuNome e lhe dizer que a culpa não era dela, e também sentia que devia algo a Michael, apenas não sei o que. Coloquei uma das moedas na maquina de salgadinhos e voltei ao meu lugar onde SeuNome estava. Nossa ela estava um caos. Ela escondia o tremer das mãos no casaco cinza e as calças de ganga já estavam gastas de andar e sentar. 

Ashton também vinha aqui, o que tornava a situação pior. Eu simplesmente não conseguia falar com ele sem pensar que poderia ter uma criança dele se formando no meu ventre e não lhe contar. Na verdade, eu tinha feito os exames, apenas não os havia recebido ainda. Por ser Verão, todo o mundo transa com desconhecido e depois quem tem problemas fica para último. 

Então era assim estávamos todos fodidos.

SeuNome's P.O.V
Entrei mais uma vez no quarto de Michael. Estava tudo tão calmo. Ele parecia estar dormindo, contudo ele não estava. Ele não estava aqui comigo, ele não estava. Michael estava mesmo na minha frente, seus cabelos vermelhos da mesma forma, seu corpo da mesma forma. Ele estava tão perto mas tão longe ... e a culpa era minha. Beijei a bochecha dele e me sentei na poltrona do lado. Os pais dele estavam do meu lado enquanto eu tentava não desabar de novo. De palavras doces estava eu farta, ele não ia voltar com palavras doces. Era a escolha dele, era o que os médicos diziam. Ou ele volta, ou ele ... ou ele morre. Está tudo nas mãos dele e está dessa forma porque ele me segurou. A culpa é minha.

Karen passava as mãos sobre meus ombros e de repente beijava minha testa enquanto Daryl estava sentando no peitoril da janela sem pronunciar nenhuma palavra. Eu levei as mãos aos meus olhos tentando secar todas as lagrimas que tentavam cair forçadamente de meus olhos. Eu queria que ele volta-se, eu queria que ele estivesse me abraçando ... tudo isso desmoronado por minha culpa.

     – Se ele não acordar ... Eu não passei tempo com meu filho. - Daryl murmurou captando minha atenção.
     – Ele gostava de vocês. Só dizia que eram ausentes. - tentei animar Sr.Clifford, mas quem eu tentava enganar ... Nem eu mesma me conseguia animar.
     – Ele vai voltar. - Karen disse beijando minha testa. - Nós vamos pegar alguma coisa para comer. Você vem querida?
     – Não ... eu fico aqui.
     – Nós trazemos algo para você.

Esperei os pais dele saírem e me aproximei da cama. Puxei o cabelo dele para o lado e depositei um beijo em sua testa pálida. Meus pais sempre disseram que pessoas em coma conseguiam ouvir as que lhes eram mais queridas, mas da minha boca só saiam palavras sem nexo e soluços incontroláveis. Tantas vezes tentei me convencer que não precisava dele quando eu precisava. Eu preciso dele. Eu realmente preciso dele, que ele me chateie, que me faça rir com suas piadas bobas e que me proteja. Eu precisava disso tudo.
Estaria mentindo se disse-se que não mudei desde que o conheci, porque eu mudei. Sei lá, perdi muitos medos, muitas inseguranças, mas apenas o fiz porque ele estava do meu lado. Eu confiava com tudo o que tinha nele. Realmente confiava.

Novamente um choro se formou em meu peito, mas eu o segurei, e chorei, chorei por dentro. Não era para ser assim, não ela para terminar dessa forma. Depois de tudo não era para terminar desse jeito. Eu preciso dele mas que tudo nesse momento.

     – Você vai voltar, não vai? - perguntei, não recebendo resposta. - Eu preciso de você. Eu não estou indo para Oxford nem para lugar nenhum até que você acorde, eu não estava indo mesmo. Eu não me quero separar nem de você nem dos garotos, vocês são a minha família. - passei a mão sobre minha cara. - Você tinha dito que tinha entrado no colégio para conhecer gente normal, para ficar fora de perigo ... eu eu acabei por fazer isso com você. Eu quero ouvir sua voz, saber que você está bem. Eu estou tão perdida. Eu te amo mais do que eu amava antes. Nada mudou, ninguém pode tomar seu lugar mas fica mais difícil a cada dia. - duas lágrimas escorreram por minha cara. - Michael, se você está me ouvindo, você pode ir, mas por favor ... por favor, diga alguma coisa antes disso. Eu não sei quanto tempo vou aguentar mais, eu vou acabar por desistir e por quebrar. Eu preciso de você. Por favor.


Me voltei a sentar na poltrona enquanto ouvia uma das músicas que haviam colocado. Comecei a tentar entender do que se tratava e entendi que era uma do Bruno Mars. Me deixei ficar ali encontrando-me bastante, mas bastante, entendida com ela.

     – Se você me deixar, deixe morfina em minha porta. 


Então visto que eu fiquei séculos sem postar eu decidi compensar vocês e postar mais um capítulo em que a gente acabou de descobrir que o acidente, que aconteceu no capítulo anterior, afinal deixou feridas mas não foi na personagem feminina, porque isso acontece sempre por isso foi Michael que está em coma. Espero que estejam gostado.

Our Faith II - O7


Diga alguma coisa, estou desistindo de você. Eu serei o único se você me quiser também, eu teria te seguido para qualquer lugar. Diga alguma coisa, estou desistindo de você e eu estou me sentindo tão pequeno. Foi demais para minha cabeça, eu não sei absolutamente nada e eu tropeçarei e cairei. Eu continuo aprendendo a amar, estou apenas começando a engatinhar. Diga alguma coisa, estou desistindo de você me desculpe por não ter conseguido chegar até você. Eu teria te seguido para qualquer lugar, diga alguma coisa, estou desistindo de você. - Say Something
SeuNome P.O.V
Meus olhos se abriram sem nenhuma razão aparente. Logo os direcionei para cima e me perdi naquele ambiente calmo e acolhedor, até que alguns sons me despertaram dessa harmonia harmoniosa.
Os sons de carros, vento correndo e malas rolando pelo soalho. Ah, o último dia. Como eu estava ansiosa e ao mesmo tempo triste por sair daqui. É nós íamos sentir saudades. Levantei-me da cama e vesti uma roupa a sorte, na verdade vesti a que Michael tinha deixado de lado já que ele tinha levado as minhas roupas para baixo.

Arranjei meu cabelo e desci as escadas. Na minha cabeça passavam inúmeras perguntas sobre como estaria minha família, ou como estaria minha irmã, mas sobretudo me perguntava se meus pais estavam sentindo minha falta. Afinal não é todos os dias que a sua filha recém-formada vai com os amigos loucos para a Califórnia, e vai acompanhada do namorado.

Fechei a porta do quarto e comecei a caminhar para as escadas quando um som invulgar vindo do banheiro principal me fez parar. Andei para trás e vi a porta fechada, me aproximei e bati de leve esperando alguma resposta, mas nada.

     – Alguém está ai? Luke, por favor, não me diz que você jogou algo na privada e entupiu-a, de novo. - falei num tom de brincadeira, mas ao fim de uns minutos sem resposta a brincadeira perdeu a graça. - Luke?
     – Vai embora, SeuNome. - ouvi uma voz feminina. Okay as boas noticias era que não era Luke logo não poderia ter nenhum problema com a privada.
     – Liv? Liv, é você? - bati na porta novamente.

Okay, era Liv, disso eu tinha certeza. Tirei um dos grampos que prendiam o meu cabelo para trás e o espetei na fechadura da porta. Meu pai sempre disse que ver filmes de aventura e mistério era algo para quem não sabe o que fazer da vida, mas eu tenho a certeza que esses filmes acabaram de valer o bem estar de Liv. Sim, abrir portas com grampos era uma das minhas qualidades que demorei a aperfeiçoar desde os meus 5 anos, e olhem que é uma ótima qualidade - principalmente quando se está de férias com essa turminha.

Abri a porta e me dei com Liv sentada perto da privada e com a cabeça no meio dos joelhos. Meu deus. Corri para perto dela e me sentei do lado dela perguntando uns "está tudo bem?" contudo sem recebendo nenhuma resposta por parte dela.

     – Liv, fala comigo vai? - abanei ela mas ela nem se deu ao trabalho de olhar para mim. - Se você quiser eu chamo o Ash e voc...
     – Não SeuNome, por favor não chame Ashton, por favor. - ela me interrompeu, mas dessa vez olhando para mim. Os olhos dela estavam vermelhos, e a cara dela tinha riscos pretos das lágrimas que haviam arrastado toda a maquilhagem.
     – Okay, eu não chamo o Ashton mas você vai ter que me contar.

Ela olhou para mim como se eu fosse um monstro e logo desatou a chorar novamente colocando a cabeça em meu colo. O que o Ashton fez com essa garota? Ah eu parto a cara dele se ele machucou ela e dessa vez quem cai da casa da arvore é ele.

     – Vocês brigaram? - perguntei. Ela se levantou e passou as mãos pelos olhos.
     – P...pior. - ela soluçou.
     – Vocês romperam? - perguntei tentando achar algo que fosse pior que romper com o namorado aos 18 anos.
     – Meu ciclo está atrasado, eu não sei quantas vezes eu tenho corrido para a privada e ... Meu deus SeuNome, eu estou tão ferrada, tão ferrada.

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     – Argh Liv, por favor me diz que você está doente, não me diz que você não usou camisinha. - olhei para o chão. 
     – Eu não me lembro SeuNome, e eu não posso ir ter com Ash e perguntar-lhe se ele usou camisinha. Ele terminava comigo. 
     – Calma, não se sobressalte. Respire fundo e limpe-se, quando chegarmos a Australia eu vou com você ao hospital para fazer as analises e ai sim falamos no que vai acontecer.
     – SeuNome eu tenho os sintomas todos e mais alguns. 
     – Respire Liv, pode ser também dos nervos. Calma. 

Abraçei ela e ficamos ali um tempo até ouvir a voz de Ashton gritar meu nome e do dela. Nos levantamos e ajudei Liv com os riscos pretos para se notar o menor possível a confusão que vivia dentro dela. Agora também era meu problema. Mesmo que Liv esteja mesmo ... grávida ... acho que Ashton não seria capaz de a deixar feito trapo com um filho que é dele e também ela estava muito nervosa para poder raciocinar sobre o assunto.

Desci as escadas de fininho mas logo foi assaltada pelos outros da turminha dos idiotas preocupados e coscuvilheiros que querem sempre saber de tudo o que se passa na vida dos outros, principalmente quando isso é interessante.

     – Vamos chegar atrasados. - Calum reclamou, ele parecia o único menos interessado. 
     – CALA A BOCA HOOD. - Ashton e Michael quase comiam ele vivo com os gritos. 
     – Está tudo bem, Liv? - Ash puxou Liv pelo braço. - Você disse que ia ao banheiro e ...
     – Está tudo beleza, eu é que precisei de ajuda com o cabelo e Liv me ajudou. Está bem legal não?
     – Mas desde quando é que você se ... - dei um pontapé em Michael. - Puta de merda, SeuApelido. Para que foi isso?
     – Testando se meus sapatos podem fazer você se calar.

Michael P.O.V's
Finalmente casa.
Como era bom estar de volta e poder sentir o carinho do meu pais. Saltei das pequenas escadas que davam acesso ao chão segurando a mão de SeuNome. A puxei pelo corredor e junto com os outros garotos entramos na mini-van de Luke. SeuNome entrou do meu lado enquanto os outros caras se arrumamos na zona de trás. Embora eu acabasse de ter saído da Califórnia me apetecia pegar o caminho mais logo. Sei lá, desejo repentino.

SeuNome ia do lado da janela observando tudo com seus grandes olhos verdes cobertos de saudade. Coloquei minha mão na perna dela enquanto 21 Guns passava na rádio. Luke ia sorridente com tudo e mais alguma coisa cantando com os outros e rapidamente estávamos todos cantando.

     – Então o que vamos fazer amanhã? - Clarice começou, nossa essa garota só tem duas opções; ou ela não consegue descolar do Calum ou então ela ama-nos muito ... É vou pela primeira.
     – Dormir. - SeuNome respondeu rindo.
     – Cof cof com o Michael cof cof. - Bethany zoou imitando um falso tossir. SeuNome rolou os olhos.
     – Eu só quero aproveitar enquanto posso. - ela sorriu dando de ombros, de seguida, beijando minha bochecha. - Não sabemos quando é a última vez.
     – Nossa ... poesia, mesmo estudante de Oxford. Qual a possiblidade de eles não te aceitarem meu benzinho? - rodei a cara dela depositando um selinho em seus lábios rosados.

Continuamos cantando as músicas que passava na rádio.
Contudo, minha mãe sempre me contou que os finais felizes têm sempre algo que estraga para atrasar a felicidade. Como naqueles contos tipo Cinderela, que tinha a sua madrasta que a proibiu a menina de ir ao baile - depois não há transa com o príncipe e não há mais Cinderelas, mas não vou estragar o conto não - ou como a Branca de Neve que aceitou comida de estranhos e ia acabando por morrer se não fosse o príncipe a beija-la. SeuNome não era uma princesa Disney, eu acho que ela se sabia salvar, mas o pequeno ato de amor vindo de outra parte não machuca. Olhei para SeuNome, mais uma vez, e pode verificar que ela mudou a reação mal falei de Oxford. Ué, eu pensava que ela queria ir para Oxford, ela disse que queria ir para Oxford. Acariciei a face dela, e ela me entregou um sorriso meio forçado voltando a sua observação pela janela ... SeuNome, a garota pior que observador de pássaro.

     – SeuNome! - puxei-a contra o meu peito sentindo qualquer coisa bater forte contra minha cabela.



Então eu estou de volta, é isso


Patience - Imagine


SeuNome's P.O.V

                 Deixei minha sala de aula, conversando com Nina e Calum, porém eles estavam muito entretidos em si mesmos, com abraços, beijos carinhosos e todo aquele romance, que já estava me deixando desconfortável. Não é por nada, nem para a infelicidade da minha melhor amiga, mas eles tinham que fazer todas essas coisas justo quando a amiga deles está aqui, sozinha e sem nenhuma outra opção além de ficar com eles?

                 Mas o pior não foi isso. Foi quando Calum a prensou num dos armários da escola e a encheu de beijos. Revirei os olhos, enojava com aquela cena e decidi ir sozinha até meu armário. Ultimamente eu andava tão distante de Nina, depois que ela começou a namorar. Tudo bem, eu namorava David faz tempo, tinha vezes em que nos pegávamos e Nina ficava de vela, mas eu nunca a afastei de nada só pra ficar com David.

                 Ajeitei meu armário, deixando meus livros e outros materiais que estavam pesando na minha mochila e fechei a porta. Sinto mãos agarrarem minha cintura por trás e inalo aquele perfume tão conhecido por mim. David.

                 - Oi amor. -Ele sussurra no meu ouvido e eu me arrepio.- Você tá livre pra ir comigo hoje á tarde no cinema?
                 - Desculpa David, mas combinei com a minha irmã que iria com ela escolher um vestido de formatura. -Respondi triste e ele fez bico.
                 - Faz tempo que nós não saímos. Por que está me evitando?
                 - Não estou te evitando. Só não tenho culpa eu não ter tempo livre todos os dias. -Respondo grossa e saio da escola, ficando no campus dela. David me seguiu.
                 - Calma SeuNome. Desculpa pegar tanto no seu pé. -Ele suspirou.- Eu só queria um tempo com a minha namorada.
                 - Tudo bem, não foi nada. -Cruzei os braços.- Só ... Não fica insistindo tanto quando eu já tenho algo marcado, ok? Você sabe que eu não gosto quando insistem tanto pra mim. -Reviro os olhos e David ri fraco.
                 - Claro que sei. -Ele me puxa para seus braços, me envolvendo num abraço apertado e me beijando.- Eu tenho que ir agora. Treino do time, sabe como é ... -Disse triste e eu ri pelo nariz.
                 - Pode ir. Eu vou voltar pra casa agora. -David me soltou de seu abraço e eu o beijei uma última vez. Fomos logo interrompidos com um de seus amigos gritando o nome dele e o xingando. Nós nos olhamos assustados e rimos da careta que um fez pro outro.- Vai logo, David. -Ele me beijou novamente e saiu correndo de encontro aos seus amigos. Sorri boba e me virei, indo rumo à minha casa. Mas me surpreendi quando vejo Calum parado bem na minha frente.- Calum! Quer me matar garoto?! -Dei um pulo e coloquei a mão no coração. Cal riu e olhou pra baixo.
                 - Eu queria saber se você não quer voltar pra casa junto comigo, já que moramos na mesma rua.
                 - Pode ser. -Dei de ombros e começamos a andar em silêncio a caminho de casa.-

                 Ficamos alguns 5 minutos sem falar um com o outro, e confesso que aquele silêncio estava extremamente constrangedor para mim. Quer dizer, deve ser natural você ir embora com o namorado de sua melhor amiga, aquele cara que você mal conversa e só conhece por causa da amiga. Né?

                 Coloquei os fones de ouvido e escolhi uma das minhas músicas preferidas, Patience, do Guns N' Roses. Cantarolei a música baixinho, nem me importando se Calum estivesse bem ao meu lado me ouvindo ou se eu estava cantando tudo desafinadamente.

                 - SeuNomeCompleto cantando Guns N' Roses. Isso mesmo que eu estou ouvindo? -Calum retirou um lado dos meus fones e arqueou uma das sobrancelhas. Parei de cantar e ri baixinho.
                 - Por que a surpresa? Não sabia que eu gostava de rock? -Balançou a cabeça, negando.
                 - Você não tem cara de rockeira. Quer dizer, você namora o David, um metido capitão do time de futebol. Não parecem combinar tanto assim. -Calum disse e eu ri baixinho novamente.
                 - Digo o mesmo de você, Hood. Namora minha melhor amiga, uma fresca líder de torcida. Não parecem combinar tanto assim. -Sorri maliciosa, e tentei fazer um tom de voz sensual. O que foi? Já fazia algumas semanas que Calum estava mandando indiretas e dando em cima de mim, o que me impede de tentar fazer o mesmo? Simplesmente nada.
                 - Como você tem a liberdade de chamar sua melhor amiga de fresca? Sabe que eu posso contar à ela, não sabe? -Ele muda de assunto de repente, como sempre fazia quando eu rebatia às suas indiretas.
                 - Calum, eu sou amiga da Nina à 7 anos, acho que tenho liberdade o suficiente para chamá-la de fresca quando quiser. -Revirei os olhos.- E até parece que ela nunca me chamou de estranha ou algo parecido quando vocês estão juntos.
                 - Por que você seria estranha?
                 - Pelo simples fato de que eu curto rock. Nina não gosta dessas coisas e me chama de estranha por causa disso. -Dei de ombros.
                 - Se é assim, então somos dois estranhos. Já podemos ficar juntos, não acha? -Cal perguntou com a voz irônica, indicando que estava brincando. Eu apenas ri de sua "piada" e continuei caminhando com ele ao meu lado, dessa vez ao silêncio.

                 Recoloquei meus fones de ouvidos e fiquei ouvindo minha música, enquanto pensava sobre algumas coisas. O comportamento de Calum nessas últimas semanas começaram a estranhar de repente. Ele estava muito próximo de mim, queria sempre saber mais sobre mim, e aquilo de certa forma me intrigou. Por que dessa proximidade repentina dele? Sem contar também com as várias indiretas que eu recebia e, de vez em quando, até rebatia à algumas dele. O que eu não entendia, era porque Cal dava em cima de mim, mesmo que por brincadeira, sendo que estava namorando minha melhor amiga. Qual era o problema dele? Eu realmente não sabia, mas queria muito descobrir.

[...]

Calum Hood's P.O.V

                 Depois de deixar SeuNome em sua casa, caminhei com as mãos no bolso até a minha, como acontecia todos os dias. Chutei algumas pedrinhas que apareciam no meu caminho e estava desanimado, sem a companhia dela. Já fazia algum tempo que eu vinha alimentando um sentimento por ela dentro de mim, mas deixei aquilo bem escondido para que ninguém descobrisse. E, por mais que eu tentasse esconder quando ela estava por perto, era inevitável.

                 Sim, era dela mesmo de quem eu estava falando. SeuNome Marie. Aquela garota anti-social, que antes de namorar o capitão do time de futebol, passava despercebida pelas pessoas e nem ligava para isso. Posso dizer que quem me fez sentir algo por ela foi minha própria namorada, que de tanto falar da melhor amiga, me fez parar para notá-la quando podia e, consequentemente, ter me apaixonado por ela.

                 Então, após admitir à mim mesmo que estava apaixonado pela melhor amiga da minha namorada, resolvi me aproximar dela, para descobrir seus gostos e desgostos. Eu nunca falei muito com SeuNome, nem quando a Nina estava conosco, mas eu queria conhecê-la melhor. E me surpreendi. Por que soube que ela gosta das mesmas coisas que eu. Então eu decidi investir mais nela e até dar em cima de vez em quando. Eu sabia o risco que poderia cometer, ela tinha namorado e eu tinha namorada, mas eu não me importava.

Algumas semanas depois ...

                 Eram praticamente umas 3 e meia da tarde e eu andava pelos corredores vazios da escola. Hoje o dia foi cansativo, tive que ficar estudando com Michael, Ashton e Luke, e nós mais jogamos conversa fora do que estudamos.

                 Eu estava indo até meu armário (que para o meu azar, era um dos mais longes possíveis) guardar alguns materiais e depois iria para casa, mas ao passar por um corredor qualquer, ouço o barulho de choro. Fico curioso, e volto ao corredor para ver quem era. Ao chegar lá e ver com clareza a pessoa que chorava, eu me preocupo.

                 SeuNome estava toda encolhida e sentada no chão, com a mochila jogada ao seu lado e chorava sobre os joelhos.

                 - SeuNome! O que houve? -Cheguei até seu lado e a puxei para um abraço, acariciando seu cabelo. Ela tentou parar de chorar e me olhou confusa.
                 - Por que se importa? Não é meu amigo e não conversamos tanto. Não quer dizer que só porque é namorado da minha melhor amiga que pode ter tanta intimidade comigo.
                 - Não somos amigos e muito menos temos tanta intimidade um com o outro, mas isso não quer dizer que eu não me importe. -Sequei uma lágrima que escorria pela bochecha.- Vamos, me conte. Desabafar não mata. -Ri pelo nariz. Ela me encarou por algum tempo e respirou fundo.
                 - Eu e David não somos mais um casal. -Ela me disse e olhou pro alto, provavelmente se esforçando para não deixar uma lágrima cair.
                 - Por que?
                 - Não estávamos tão bem ultimamente. Nós dois temos vidas muito diferentes, gostos muito diferentes, sabe? Talvez ele não era o cara certo para mim.
                 - Eu poderia ser o cara certo para você. -Pensei alto. Arregalei os olhos e SeuNome me encarou confusa com um pequeno sorriso nos lábios.
                 - Como? -Respirou fundo e disse tudo que escondi durante um tempo.
                 - Olha SeuNome, sei que é errado, mas eu gosto de você. Todo esse tempo eu estive me aproximando cada vez mais de você, para tentar te conhecer melhor. Eu sei que não deveria sentir isso pela melhor amiga da minha namorada, mas eu percebi que o que sinto pela Nina não chega nem aos pés do que eu sinto por você.

                 E por impulso, a beijei. Notei que SeuNome se assustou com meu ato repentino e que iria me empurrar pelo peito. Mas antes que ela tentasse fazer isso, eu a puxo pela cintura para mais perto de mim e a sinto relaxar, se entregando pelo momento. Eu aperto minha mão em sua cintura e ela sorri entre o beijo, me fazendo morder seu lábio inferior. SeuNome segura meu rosto com as duas mãos e separamos o beijo. Continuamos com os olhos fechados e ela encosta sua testa na minha.

                 - Por favor, não me deixa. Você é uma das únicas pessoas que mesmo eu não conversando muito, me compreende facilmente. -Ela diz insegura e eu abro os olhos, vendo aqueles 2 pares de olhos azuis. Eu sorrio fraco e seguro sua mão fortemente.-
                 - Eu não vou ter deixar. -Ela sorri aliviada e beija minha bochecha. Abre um bolsinho na sua mochila e eu a observo confuso. Até que SeuNome mostra seu celular e um fone de ouvido.-

                 Ela me entrega um lado do fone e eu coloco, esperando a mesma escolher alguma música. Logo os primeiros acordes no violão começam a tocar e eu rapidamente descubro a música. Patience, do Guns N' Roses. Eu gostava daquela música, era bem tranquila, e até que ela tinha um pouco haver com a situação em que eu e SeuNome estávamos correndo.

                 Cantei baixinho uma parte e ouvi a voz de SeuNome se misturando com a minha.

Said, woman, take it slow
And it'll work itself out fine
All we need is just a little patience
Said, sugar, make it slow
And we'll come together fine
All we need is just a little patience (Patience)

                 A música foi passando e nós cantávamos juntos todas as partes, mas sem olhar no rosto do outro. Quando ela finalmente acabou, ambos tiramos os fones de ouvido e continuamos observando a janela à nossa frente.

                 - Calum. -SeuNome me chamou e eu virei para encará-la. Ela ainda estava com os olhos na janela.- O que faremos em relação à Nina? -Perguntou. E finalmente resolveu olhar para mim.-
                 - Eu não sei direito o que iremos fazer, mas como disse a música ... -Segurei sua mão e olhei nos seus olhos.- Não fingiremos estar longe do outro, pois eu não suportaria. As coisas vão ficar bem, você e eu só temos que ter um pouco de paciência. -Ela sorriu fraco e eu a beijei.-

                 Não iria ser fácil daqui em diante. Mas nós dois iríamos conseguir, eu sei que iríamos.

YAY AMORES! Como vocês estão?
Está aqui um lindo imagine com nosso lindo asiático do Paraguai, vulgo Calum Hood. O que acharam do imagine? Me digam!
Eu prometo à vocês que vou tentar ser um pouco mais ativa no blog, estou vendo que ele anda meio "parado". Vamos animar isso aqui!
E aliás, onde estão minhas postadoras? Bea? Stéfane? Giovana?